O Hamas celebrou ataque do Irã contra Israel nesta terça-feira (1°), dizendo que ele vingou as mortes do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, e de Abbas Nilforoushan, um comandante sênior do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC) do Irã.
Essas três pessoas foram mortas por ataques aéreos israelenses nas últimas semanas e dias, levando a região mais perto de um conflito ampliado, segundo relatos.
“Afirmamos que esta resposta iraniana honrosa é uma mensagem forte ao inimigo sionista e seu governo fascista, no caminho para dissuadi-los e conter seu terrorismo, pois seus crimes, arrogância e violações de leis internacionais e normas humanitárias excederam todos os limites”, pontuou o Hamas em uma declaração.
Israel está em guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza desde que o grupo palestino lançou uma invasão contra o país em 7 de outubro do ano passado.
Enquanto isso, o Hezbollah, apoiado pelo Irã, trocou ataques retaliatórios na fronteira norte de Israel desde a mesma data, em solidariedade ao Hamas, e esses confrontos aumentaram nas últimas semanas.
Entenda o conflito no Oriente Médio
O ataque do Irã contra Israel acontece em meio à guerra entre o Exército israelense e o Hezbollah, grupo paramilitar libanês apoiado pelo governo iraniano.
A ofensiva ocorre um dia após o Exército de Israel iniciar uma “operação terrestre limitada” no Líbano.
Israel tem lançado uma série de ataques aéreos em regiões no país vizinho. No dia 23 de setembro, o país teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.
Segundo os militares israelenses, os alvos são integrantes e infraestrutura bélica do Hezbollah, uma das forças paramilitares mais poderosas do Oriente Médio e que é apoiada pelo Irã.
A ofensiva atingiu diversos pontos no Líbano, incluindo a capital do país, Beirute. Milhares de pessoas buscaram refúgio em abrigos e deixaram cidades do sul do país.
O chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, foi morto em um ataque aéreo israelense em Beirute, conforme confirmado pelo próprio grupo.
Hezbollah e Israel começaram a trocar ataques após o início da guerra na Faixa de Gaza. O grupo libanês é aliado do Hamas, que invadiu o território israelense em 7 de outubro de 2023, matando centenas de pessoas e capturando reféns.
Devido aos bombardeios, milhares de moradores do norte de Israel, onde fica a fronteira com o Líbano, tiveram que ser deslocados. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu diversas vezes fazer com que esses cidadãos retornem para suas casas.
No dia 17 de setembro, Israel adicionou o retorno desses moradores como um objetivo oficial de guerra.
Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades.
Com o aumento nas hostilidades, o governo brasileiro anunciou uma operação para repatriar brasileiros no Líbano.