O Irã disse que atacou Israel nesta terça-feira (1°) em resposta ao assassinato do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, de acordo com a agência de notícias semioficial iraniana Tasnim, citando o Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC).
“Em resposta ao martírio do Mártir [Ismail] Haniyeh [chefe político do Hamas], Seyed Hassan Nasrallah [chefe do Hezbollah] e Mártir Nilfroshan, atacamos o coração dos territórios ocupados”, afirmaram.
“Se o regime sionista reagir às operações do Irã, enfrentará ataques esmagadores”, destacou o IRGC, de acordo com a Tasnim.
O IRGC afirmou que suas forças aeroespaciais “atingiram importantes alvos militares ao lançar dezenas de mísseis balísticos” em Israel.
Os militares teriam adicionado que os detalhes do ataque com mísseis a Israel “serão transmitidos posteriormente” e a operação foi realizada com o apoio “do Exército da República Islâmica do Irã e do Ministério da Defesa”.
Entenda o conflito no Oriente Médio
O ataque do Irã contra Israel acontece em meio à guerra entre o Exército israelense e o Hezbollah, grupo paramilitar libanês apoiado pelo governo iraniano.
A ofensiva ocorre um dia após o Exército de Israel iniciar uma “operação terrestre limitada” no Líbano.
Israel tem lançado uma série de ataques aéreos em regiões no país vizinho. No dia 23 de setembro, o país teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.
Segundo os militares israelenses, os alvos são integrantes e infraestrutura bélica do Hezbollah, uma das forças paramilitares mais poderosas do Oriente Médio e que é apoiada pelo Irã.
A ofensiva atingiu diversos pontos no Líbano, incluindo a capital do país, Beirute. Milhares de pessoas buscaram refúgio em abrigos e deixaram cidades do sul do país.
O chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, foi morto em um ataque aéreo israelense em Beirute, conforme confirmado pelo próprio grupo.
Hezbollah e Israel começaram a trocar ataques após o início da guerra na Faixa de Gaza. O grupo libanês é aliado do Hamas, que invadiu o território israelense em 7 de outubro de 2023, matando centenas de pessoas e capturando reféns.
Devido aos bombardeios, milhares de moradores do norte de Israel, onde fica a fronteira com o Líbano, tiveram que ser deslocados. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu diversas vezes fazer com que esses cidadãos retornem para suas casas.
No dia 17 de setembro, Israel adicionou o retorno desses moradores como um objetivo oficial de guerra.
Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades. O governo brasileiro também avalia uma possível missão de resgate.