Muitos líderes preferem o caminho da enganação ao árduo trabalho de uma liderança real. Eles jogam com nossos medos, manipulam nossas emoções e vendem soluções simplistas para problemas complexos. Ao invés de unir, eles dividem. Em vez de procurar falar a verdade, eles distorcem.
Porém não se trata apenas de falar, mas de ouvir. De realmente ouvir. A verdadeira liderança não se baseia em slogans vazios, mas em enfrentar a realidade com honestidade, em oferecer uma visão que inspire e em lembrar a todos nós que aquilo que nos une sempre será mais forte do que aquilo que nos separa. Não precisamos de líderes que alimentem nossas divisões, mas daqueles que estejam dispostos a fazer o trabalho de aprender e de construir coalizões.
A liderança que eleva exige coragem moral, comprometimento com a verdade e uma visão que ultrapassa o ciclo eleitoral. Ela exige que coloquemos o bem-estar das pessoas à frente dos nossos interesses pessoais e que trabalhemos para construir uma nação onde todos possam prosperar. Nessa construção é sempre desejável que haja renovação política. Porque, em um mundo em rápida transformação, precisamos de líderes que reflitam as esperanças e os desafios dos novos tempos.
Para contornar as adversidades que estão postas, não precisamos de políticos que se apoiam em palavras de ordem ou discursos inflamados. Nem daqueles que levantam algumas ultrapassadas bandeiras da esquerda ou da direita como se fossem verdades absolutas. O verdadeiro líder sabe que o caminho do progresso depende de ações concretas, baseadas naquilo que aprendemos por meio de pesquisas sérias, estudos rigorosos e na escuta atenta da voz do povo.
Ele entende que, mais do que ganhar eleições, o dever de um servidor público é transformar esse conhecimento em políticas que realmente mudam a vida as pessoas. Porque, no final do dia, o que define um bom político não é a popularidade passageira ou o jogo eleitoral, mas o impacto que ele deixa na vida daqueles a quem ele jurou servir.
Liderança é procurar ir além das ideologias para procurar causar o maior impacto positivo na vida dos cidadãos. Não se trata de seguir cegamente uma doutrina ou crença, mas agir de acordo com valores que contribuam para o pleno desenvolvimento do potencial humano.
É por isso que eu acredito em um projeto de política que busca unir, não dividir. Que busca servir, não se servir. Uma política que entende que a força de um país não vem da exclusão, mas da inclusão. Uma força que vem da construção coletiva em que o outro não é visto como um inimigo, mas como um parceiro em potencial.
Para que isso aconteça, precisamos de líderes que entendam que o verdadeiro poder de impactar a vida das pessoas não vem da manipulação, mas da inspiração. Que esse poder não se constrói pela polarização, mas pelo diálogo. Um diálogo que vai além das desgastadas divisões da esquerda e da direita.
O texto é uma homenagem à música “Sampa”, composta e interpretada por Caetano Veloso.
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