Mark Rutte assumiu o cargo de Jens Stoltenberg como secretário-geral da Otan nesta terça-feira (1).
A guerra na Ucrânia colocou a Otan – fundada em 1949 para dissuadir e defender qualquer ataque à Europa Ocidental pela União Soviética – de volta ao centro dos assuntos internacionais.
Oficiais e diplomatas esperam que Rutte mantenha as prioridades de Stoltenberg – angariar apoio para a Ucrânia, impulsionar os países da Otan a gastar mais em defesa e manter os EUA engajados na segurança europeia.
Rutte disse na terça-feira que o direito da Ucrânia à autodefesa “não termina na fronteira”.
Rutte admitiu que a situação no campo de batalha da Ucrânia é difícil, mas acrescentou que os avanços da Rússia têm um custo muito alto.
“Estimativas recentes, estou recebendo, e provavelmente você também, de perdas russas em torno de 1.000 mortos ou feridos por dia. E isso se soma ao total de 500.000 já mortos ou feridos”, disse Rutte.
Kremlin: Rutte representa continuidade
A Rússia disse nesta terça-feira que não esperava nenhuma mudança de política do novo chefe da Otan Mark Rutte, o ex-primeiro-ministro dos Países Baixos que substituiu Jens Stoltenberg da Noruega como secretário-geral da aliança.
“Nossas expectativas são de que a aliança do Atlântico Norte continue a trabalhar na mesma direção em que vem trabalhando”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em uma coletiva de imprensa, acrescentando que o presidente Vladimir Putin conhecia bem Rutte de reuniões anteriores.
“Em um momento, havia esperanças pela possibilidade de construir boas relações pragmáticas – pelo menos, tal diálogo foi conduzido – mas posteriormente ficamos sabendo que a Holanda assumiu uma posição um tanto irreconciliável, uma posição sobre a exclusão completa de quaisquer contatos com nosso país”, disse ele.
“Portanto, não achamos que algo significativamente novo acontecerá na política da aliança”.
(Com informações da Reuters)